Ibn al-Khatib, médico e filósofo muçulmano de Granada, escreveu sobre a Peste Negra no século XIV: “A existência do contágio é estabelecida pela experiência, investigação, evidência dos sentidos e relatos dignos de fé. O fenômeno do contágio torna-se claro para o investigador que verifica como aquele que entra em contato com os enfermos apanha a doença, enquanto o que não está em contato permanece são, e como a transmissão se efetua através do vestuário, vasilhame e atavios.”
(Maria Guadalupe Pedrero-Sánchez. A Península Ibérica entre o Oriente e o Ocidente, 2002. Adaptado.)
Esse comentário sobre a epidemia revela
o predomínio de superstições típicas da mentalidade medieval.
a oposição entre estudos teóricos e investigação científica.
a importância da religião na explicação das causas do fenômeno.
as bases do método científico desenvolvido no mundo islâmico.
os vínculos entre ciência e fé na realização de experiências.