II. A religião está no centro de toda a vida. Remonta ela à época neolítica e os grandes deuses são de origem cósmica, Anu, rei do Céu, Enlil, rei da Terra, Ea, rei do Oceano. Esses deuses primordiais criaram os deuses astrais, que se ocupam diretamente dos homens, Chamach, deus-sol, Sin, deus-lua, Ichtar, o planeta Vênus, e Damuzi, o deus agrário dos mortos e das ressurreições anuais. A cidade santa é Nipur, e sua preeminência dura até o advento de Marduc, o babilônio.
III. Dois ordenadores de gênio impuseram sua marca [à religião]: Homero, criador de uma sociedade divina à imagem da humana (deuses olímpicos), e Hesíodo, que concebe toda uma teogonia e lança o problema das forças misteriosas que decidem do destino do homem. Paralelamente, a religião popular [está] fundada no respeito às forças naturais antropomorfizadas, Zeus, Pã, Hermes, Ártemis, nos ciclos imutáveis da vegetação, das sementeiras e das colheitas, Deméter e Dioniso [...].
Os trechos acima, extraídos da obra do historiador Paul Petit a respeito dos povos antigos, referem-se a traços culturais, respectivamente, das civilizações