Homem de 32 anos com peso habitual de 70 kg, eutrófico, sem comorbidades, encontra-se em leito de unidade de terapia intensiva após trauma abdominal com necessidade de laparotomia exploradora, colectomia direita e anastomose ileotransverso. A cirurgia foi concluída há 44 horas, com anestesia geral, sem intercorrências, e o paciente encontra-se em jejum, negando náuseas no momento. Ao exame clínico, abdome apresenta dor leve à palpação próxima à incisão de laparotomia mediana, sem descompressão brusca, ruídos hidroaéreos não audíveis, nega liberação de flatos. Sinais vitais: PA 110x70 mmHg (sem droga vasoativa), FC 90 bpm, saturação de oxigênio 94% em ar ambiente. São liberados os exames colhidos há 4 horas, que revelam lactato arterial normal, PCR 4x acima do valor máximo de referência e glicose sérica de 250 mg/dL.
Não há distúrbios gasométricos, sendo o único eletrólito alterado o potássio (k=3,1); não há queda de hemoglobina, nem disfunção renal ou hepática. Débito urinário atual é de 500 mL nas últimas 12 horas. Com base no caso, assinale a alternativa correta.
A liberação de dieta oral pode ser realizada, pois há indícios clínicos e laboratoriais de boa perfusão sanguínea aos tecidos.
A liberação de dieta oral, neste momento, é contraindicada pelo risco de deiscência da anastomose intestinal primária.
A liberação de dieta oral só deve ser realizada após correção da hiperglicemia, pelo risco de realimentação.
A liberação de dieta oral, neste momento, é contraindicada pela ausência de atividade motora intestinal.