História construída no entrelaçamento de muitas histórias, a da febre amarela convergiu sistematicamente para a história das transformações nas políticas de dominação e nas ideologias raciais no Brasil do século XIX. Os cientistas da Higiene formularam políticas públicas voltadas para a promoção de melhorias nas condições de salubridade vigentes na Corte e no país em geral. Naturalmente, escolheram priorizar algumas doenças em detrimento de outras. A febre amarela, flagelo dos imigrantes que, esperava-se, ocupariam o lugar dos negros nas lavouras do Sudeste cafeeiro, tornou-se o centro dos esforços de médicos e autoridades. Enquanto isso, os doutores praticamente ignoravam, por exemplo, uma doença como a tuberculose, que eles próprios consideravam especialmente grave entre a população negra do Rio.
CHALHOUB, Sidney. Cidade Febril: cortiços e epidemias na Corte imperial. São Paulo, Cia da Letras, 1996, p.11.
Os médicos sanitaristas do Rio de Janeiro se investiram da “missão” de sanar a cidade de suas mazelas a partir da segunda metade do século XIX. Já as primeiras administrações republicanas destruíram os cortiços – processo que se intensificava desde 1870 –, expulsando as classes populares das áreas centrais da cidade.
A partir da análise do texto e da imagem é possível afirmar que a prioridade do Estado, além de resolver a questão das epidemias, era
construir novas habitações coletivas populares nas periferias da cidade.
diagnosticar os hábitos de moradia dos pobres como um bem à sociedade.
tornar o ambiente urbano salubre para um determinado setor da população.
substituir a vacinação forçada da população por uma política de miscigenação.
afirmar a inviabilidade e prejuízos da convivência entre imigrantes e os negros.