Heros Volúsia Machado (Eros Volúsia), filha de Gilka Machado e Rodolpho Machado, nasceu em 1914 no Rio de Janeiro, foi uma bailarina que viveu até os 89 anos, tendo atuado até por volta de 40 anos. Ela construiu suas bases estéticas e políticas na década de 1930, conforme descrito no trecho a seguir:
No Jornal do Brasil, crítico do governo provisório de Vargas e defensor da reconstitucionalização, Eros aparece como a única personagem preocupada com as coisas do Brasil em um movimento nacionalista “muito natural”. E é com esse mesmo tom que boa parte da imprensa constrói a imagem pública de Eros: representante e tradutora da alma nacional. Era a “bailarina do Brasil” que unia a natureza selvagem com a “alma bárbara dos índios e negros”. Já em 1934, Eros aparecia nas páginas da revista Fon-Fon! como a extraordinária artista que revelou um Brasil coreográfico [...] que vivia latente na sensibilidade e no gênio da nossa raça.
Fonte: CARLONI, Karla. Eros Volúsia. A bailarina do Brasil moderno. In: FERREIRA, J., CARLONI, K. A República no Brasil. Trajetórias de vida entre a democracia e a ditadura. Niteró, Eduff, 2019. p.93. (adaptado)
No auge de sua carreira, Eros Volúsia atua no contexto político cultural:
Marcado pela estética modernista e tendências nacionalistas.
No qual o Brasil se apropria de elementos coreográficos internacionais.
Identificado com os movimentos culturais brasileiros dos anos 1960-1970.
De desinteresse pelo nacionalismo, já que viveu parte de sua vida no exterior.