Há ainda muito por esclarecer e descobrir sobre o funcionamento do cérebro, o órgão humano mais importante e sensível.
Uma importante colaboração para entendermos melhor o funcionamento cerebral ocorreu há mais de 130 anos, quando o cientista alemão Paul Ehrlich injetou um corante na corrente sanguínea de ratos, e deparou-se com um fenômeno insólito. O corante espalhou-se lentamente pelos tecidos, manchando todos os órgãos, exceto um, o cérebro. Naquele momento, ele sugeriu que o tecido cerebral teria menos afinidade com o corante.
Quando um dos seus alunos, Edwin Goldman, injetou o corante diretamente no cérebro, a explicação tornou-se mais óbvia. Ocorreu o efeito contrário: o cérebro ficou corado e os restantes órgãos foram poupados. Este foi o primeiro indício da existência da barreira hematoencefálica. A localização exata desta estrutura e a visualização da sua ultraestrutura só foi possível na década de 1960, com auxílio da microscopia eletrônica.
As células endoteliais revestem a superfície interna dos vasos sanguíneos e linfáticos em todo o nosso corpo. Estas células controlam a troca de substâncias entre o sangue e o tecido circundante. Mas o cérebro precisa de cuidados e proteção especiais, porque muitas substâncias inofensivas para outros órgãos podem ser tóxicas para o Sistema Nervoso Central (SNC). Para impedir que essas substâncias cheguem ao cérebro, células endoteliais especializadas formam uma barreira que restringe o movimento de substâncias do sangue para o fluido extracelular no SNC. Além da camada endotelial densa, também neurônios e outras células não neuronais especializadas, controlam a função da barreira hematoencefálica.
Fonte (adaptada): https://www.scienceinschool.org/pt/content/guardiã-do-cérebro-barreirahematoencefálica
Qual das células listadas a seguir é importante para a função da barreira hematoencefálica, podendo apresentar prolongamentos que se expandem sobre os capilares sanguíneos, denominados “pés vasculares”?
Astrócitos.
Micróglia.
Ependimócitos.
Miócitos.
Neurófilos.