Gramática
Composição: Sandra Peres e Luiz Tatit
Palavra Cantada
O substantivo
É o substituto do conteúdo
O adjetivo
É a nossa impressão sobre
quase tudo
O diminutivo
É o que aperta o mundo
E deixa miúdo
O imperativo
É o que aperta os outros e deixa
mudo [...]
Um homem de ideias
Nem usa letras
Faz ideograma
Se altera as letras
E esconde o nome
Faz anagrama
Mas se mostro o nome
Com poucas letras
É um telegrama [...]
E se temos verbo
Com objeto
É bem mais direto
No entanto falta
Ter um sujeito
Pra ter afeto
Mas se é um sujeito
Que se sujeita
Ainda é objeto
Todo barbarismo
É o português
Que se repeliu [...]
Já o idiotismo
É tudo que a língua
Não traduziu [...]
Disponível em <http://www.vagalume.com.br/palavra-cantada/gramatica.html#ixzz1rjWUgCVl>. Acesso em: 11 de abril de 2012. (texto adaptado)
O uso da linguagem verbal nos proporciona realizar diferentes ações: transmitimos informações, evidenciamos sentimentos, tentamos convencer o outro a fazer ou dizer aquilo que desejamos, podemos ordenar ou solicitar informações, ou seja, pela linguagem organizamos nosso cotidiano em diferentes situações e aspectos. Quanto ao uso das funções de linguagem no texto, podemos afirmar que:
as noções de barbarismo e idiotismo surpreendem o receptor ao apresentarem-se com o sentido de convencê-lo de alguma coisa por meio de uma ordem.
as noções de flexão do substantivo e a ideia do imperativo constituem-se pela expressividade de sentimentos, prevalecendo a ideia de convencimento.
as noções de adjetivo, telegrama e verbo apresentam-se a partir do ponto de vista do emissor e são constituídas pela subjetividade e recursos sonoros.
as noções de sujeito e de objeto direto constituem-se de impessoalidade e de elementos da realidade
as noções de classes de palavras (substantivo, adjetivo e verbo) apresentam-se na linguagem denotativa, centradas no receptor, além disso, apresentam-se como dados da realidade objetiva.