Fragmento I
“Reinaldo, Diadorim, me dizendo que este era real o nome dele – foi como dissesse notícia do que em terras longes se passava. Era um nome, ver o que. Que é que é um nome? Nome não se dá: nome recebe. Da razão desse encoberto, nem resumi curiosidades. Caso de algum crime arrependido, fosse, fuga de alguma outra parte; ou devoção a um santo-forte. Mas havendo o ele querer que só eu soubesse, e que só eu esse nome verdadeiro pronunciasse. Entendi aquele valor. Amizade nossa ele não queria acontecida simples, no comum, sem encalço. Amizade dele, ele me dava.”
Grande Sertão: veredas
Fragmento II
“Daí a pouco, em volta das bicas era um zum-zum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio d’água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava- se; as mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez do braço e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco.”
O cortiço
Fragmento III
“Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.
Forremo-nos à tarefa de descrever os seus últimos momentos. Nem poderíamos fazê-lo. Esta página, imaginamo-la sempre profundamente emocionante e trágica; mas cerramo- la vacilante e sem brilhos.”
Os sertões
A leitura dos fragmentos I, II e III permite afirmar que o fragmento
I é de um texto modernista e foi escrito por Graciliano Ramos.
I é de um texto modernista e foi escrito por Guimarães Rosa.
II é de um texto pré-modernista e foi escrito por José Lins do Rego.
III é de um texto realista e foi escrito por Machado de Assis.
III é de um texto pré-modernista e foi escrito por Aluísio Azevedo.