Foram impressas narrativas de viagens a partir de 1493, quando surgiu em Roma um relato da primeira viagem de Colombo, mas só alcançaram um público significativo a partir de meados do século XVI. Salvo para aqueles diretamente envolvidos no comércio de além-mar, a informação sobre a África, a Ásia e as Américas era irrelevante, e a maior parte dos humanistas estava mais ocupada na redescoberta do Mundo Antigo do que em prestar atenção à descoberta do novo, que envolvia uma nova visualização do espaço.
(John R. Hale. A Europa durante o Renascimento: 1480-1520, 1983. Adaptado.)
O exposto no excerto pode ser explicado pela
atribuição dos sucessos marítimos às técnicas de navegação em mar aberto herdadas da Antiguidade.
irrelevância histórica dos novos mundos face ao poder transformador das artes clássicas.
manutenção em segredo das conquistas ultramarinas devido às rivalidades dos Estados absolutistas.
sincronia do fenômeno histórico do renascimento cultural com as grandes viagens oceânicas.
desimportância econômica das nações expansionistas no contexto da história europeia.