“Evidenciando a íntima relação entre Estado e economia, o mercantilismo caracterizou-se por ser uma política de controle e incentivo, por meio do qual o Estado buscava garantir o seu desenvolvimento comercial e financeiro, fortalecendo ao mesmo tempo o próprio poder”
(VICENTINO, Cláudio. História Geral. São Paulo: Scipione, 1997. p. 175)
A colonização do Brasil deu-se em meio à política mercantilista posta em prática por Portugal. Considerando as características do mercantilismo, e associando-as à colonização do Brasil é correto afirmar que
Portugal, desde o início da colonização do Brasil, despreocupou-se do ideal metalista, motivo pelo qual optou pela exploração do pau-brasil e da cana-de-açúcar, produtos mais lucrativos nos séculos XVII e XVIII do que os metais preciosos.
A forma como acontecia o comércio entre a metrópole e o Brasil impossibilitava a Portugal equilibrar sua balança comercial, pois o comércio estava organizado de forma a enriquecer a colônia. A opção pelo povoamento, a partir de 1534, evidencia esse fato.
O colonialismo foi, para Portugal, a maneira encontrada para assegurar sua balança comercial favorável. O monopólio estatal garantiria a lucratividade da empresa colonial.
O industrialismo foi presença marcante na relação entre Portugal e a colônia. O estímulo às manufaturas foi facilitado pela implementação do metalismo em terras brasileiras.
O Brasil pôde usufruir desde o início da colonização da política portuguesa de equilíbrio da balança comercial em virtude da grande quantidade de metais preciosos de que dispunha. Com isso conseguiu barganhar o comércio de forma diferenciada com a metrópole.