Everardo Rocha, antropólogo e professor do departamento de Comunicação Social da PUC-Rio e um grande estudioso brasileiro do etnocentrismo, afirma que o “etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade etc.”. O etnocentrismo pode se apresentar de diferentes formas e maneiras e em vários contextos históricos, mas também está presente na sociedade atual. A visão etnocêntrica:
Designa uma classificação por etnia, por racismo, mas, principalmente, por condições ligadas à posse ou não de bens materiais.
Relaciona-se com o racismo, com a xenofobia ou com a intolerância religiosa, sendo, rigorosamente, a mesma coisa que esses termos.
Conduz, grosso modo, ao observador uma visão e condição superior à dos demais especificamente em aspectos culturais, religiosos e étnico-raciais.
É aquela que permite ao observador de uma cultura reconhecer a alteridade de outra, e ter referências para quantificar e qualificar as outras culturas.
Designa uma forma de enxergar outra etnia (e suas derivações como cultura, hábitos, religião, idioma e formas de vida em geral) com base na etnia própria.