Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim-mesmo,
ser pensante, sentinte e solitário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana, invencível condição.
(BOLGIAN; ALVES, 2004, p. 295).
Com base nos versos do poema e nos conhecimentos sobre a organização do espaço mundial e a expansão capitalista, é correto afirmar:
A explosão do consumo, destacada no poema, retrata o nivelamento do IDH da população mundial e suas implicações.
A moda, no mundo globalizado, é o símbolo da sociedade de consumo e de poder econômico, razão pela qual “andar na moda” indica a classe social à qual o indivíduo pertence.
As pessoas são, atualmente, induzidas pela publicidade veiculada na mídia e pelas facilidades de obtenção de crédito a consumir produtos e serviços em grande quantidade.
Os fatos destacados no poema indicam que a expansão das multinacionais e o aumento progressivo da produção e do consumo beneficiaram igualmente os países centrais e os países periféricos.
A expansão capitalista unificou mercados, dinamizou a economia global e eliminou os preconceitos culturais.