Estória de um gibi da Turma da Mônica, intitulada Brincadeira de menino
Mônica, conhecida personagem de Maurício de Sousa, passa na casa da sua melhor amiga, Magali, para convidá-la para brincar. A mãe da Magali diz que a menina está com gripe e precisa de repouso, e por isso não vai poder sair de casa. Mônica sai triste e pensativa, quando cruza com o Cebolinha e convida-o para brincar com ela de “casinha”. Ele se recusa e diz: “— Homem não blinca de casinha”, e Mônica retruca: “— Ah, Cebolinha! Que preconceito!”. Cebolinha responde: “— Pleconceito uma ova! Casinha é coisa de menina! Vou te mostlar o que é blincadeila de menino!”. Enquanto ele sai de cena, Mônica fica debaixo de uma árvore brincando sozinha e Cebolinha faz várias aparições com brinquedos e brincadeiras supostamente só de meninos: aparece “voando” num skate, mas cai na frente dela. Depois aparece numa bicicleta, mas bate numa pedra e cai. Aparece de patins, tropeça e cai. Reaparece chutando uma bola, mas a bola bate na árvore e volta acertando sua cabeça. Desanimado e desistindo das “suas” brincadeiras, Cebolinha aparece no último quadro, ao lado da Mônica, brincando de “casinha”.
OLIVEIRA, A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos pedagógicos para o programa Segundo Tempo. Brasília: Ministério do Esporte, 2008 (adaptado).
Refletindo sobre as relações de gênero nas brincadeiras infantis, a estória mostra que
meninos podem se envolver com os mesmos brinquedos e brincadeiras que meninas.
meninas são mais frágeis e por isso devem se envolver em brincadeiras mais passivas.
meninos são mais habilidosos do que meninas e por isso se envolvem em atividades diferentes.
meninas tendem a reproduzir mais os estereótipos de gênero em suas práticas corporais do que os meninos.
meninos e meninas devem se envolver em atividades distintas, como, respectivamente, o futebol e a “casinha”.
A questão pede para analisar a mensagem da estória da Turma da Mônica sobre as relações de gênero nas brincadeiras infantis. Vamos seguir o passo a passo da narrativa descrita:
Conclusão da Análise: A estória começa com um personagem (Cebolinha) afirmando um forte estereótipo de gênero sobre brincadeiras ("casinha é coisa de menina"). No entanto, após suas tentativas frustradas com brincadeiras ditas "de menino", ele acaba por quebrar esse estereótipo ao se juntar à Mônica na brincadeira de "casinha". A narrativa, portanto, demonstra que as barreiras impostas pelos estereótipos de gênero nas brincadeiras podem ser superadas e que meninos podem, sim, se envolver nas mesmas brincadeiras que meninas, sem que isso seja um problema.
A alternativa que melhor reflete essa conclusão é a A.
Revisão de Conceitos:
Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.