Escrito entre 1601 e 1602, Hamlet é um drama de autoria de William Shakespeare. A peça representa a história de Hamlet, príncipe da Dinamarca, que volta ao seu país, depois de ter recebido a notícia da morte de seu pai. Ao retornar ao castelo de Elsenor, percebe que sua mãe, recém viúva, casou-se com Cláudio, irmão do rei morto, que se apossou do trono do reino. O conflito agrava-se quando o espectro do falecido rei aparece a Hamlet, relatando-lhe que ele havia sido assassinado pelo seu irmão. Hamlet procura vingar a morte de seu pai e combater o usurpador do poder. As consequências do conflito, interno à monarquia dinamarquesa, redundam em sofrimentos, mortes e conquista do país por um exército estrangeiro.
Situando-se a peça na história do período em que foi escrita e analisando-se o seu conteúdo político, pode-se sustentar que
a preservação do poder legítimo do monarca é entendida como condição necessária à manutenção da paz e à autonomia do reino.
a centralização política antidemocrática produz a oposição e a rebelião das populações mais pobres do reino.
o poder absolutista dos reis é considerado causa de desentendimentos entre indivíduos, sem que isso altere a estabilidade política dos reinos.
a fragilidade, a incompetência política e militar dos monarcas ingleses impediram a consolidação do absolutismo.
as monarquias absolutistas conseguiram impor a religião cristã ao conjunto da sociedade europeia.
Nessa questão, o texto trata de aspectos históricos, políticos e culturais de Hamlet, de William Shakespeare, relacionando-os com o contexto das monarquias europeias do período. Ao observar que o enredo gira em torno de um golpe no trono (o tio que usurpa o poder) e suas consequências para o reino, podemos depreender que a legitimidade do poder real era vista não apenas como fundamental para a estabilidade interna, mas também para a proteção contra invasões externas. A intriga e a desestabilização do trono acabam por colocar toda a Dinamarca em risco. Assim, a preservação do poder legítimo do monarca se apresenta como uma condição indispensável para assegurar tanto a paz interna quanto a autonomia do reino, o que coincide com o discurso político do final do século XVI e início do XVII, quando o absolutismo monárquico ainda estava em consolidação.
Dessa forma, a alternativa correta é a letra (A).