ESBELL. Jaider. Entidades. 34ª Bienal de SP, 2021. Disponível em: https://www.geledes.org.br/morre-jaider-esbell-artista-plastico-indigenaroraimense-com-obra-exposta-na-bienal-da-sao-paulo/. Acesso em: 21 nov. 2022.
Segundo o artista macuxi Jaider Esbell, a obra Entidades “aborda um conjunto de potências. Ela está relacionada aos misticismos e figuras mitológicas que não são contempladas pelo cristianismo neopentecostal europeu, e precisava ser grandioso. É para lembrar que todos os povos originários têm suas criaturas gigantescas, sua importância, seus signos semióticos, suas entidades que protegem e que cuidam. É um convite para um exercício plural, para que todos pesquisem suas origens, que acessem sua cosmologia, que não se afastem da própria essência. Que cada um manifeste suas crenças como quiser pela ampliação do mundo.”
Sem autor. Portal Geledés. Disponível em: https://www.geledes.org.br/morre-jaider-esbell-artista-plastico-indigena-roraimense-com-obra-exposta-na-bienal-da-sao-paulo/. Acesso em: 05 nov. 2022.
Com base na imagem da instalação Entidades e no texto do próprio artista, podemos afirmar que:
Ao instalar no espaço público as Entidades, Esbell faz um apelo à diversidade cultural indígena a partir do compartilhamento da institucionalização da estética macuxi.
Ao expor as Entidades, o artista ratifica as narrativas do monoculturalismo ocidental presentes nos manuais de história da Arte brasileira.
O artista tem como principal objetivo de suas obras tecer uma crítica direta ao cristianismo neopentecostal europeu.
A obra Entidades baseia-se nas lendas do folclore brasileiro, principalmente por aquelas registradas pelos colonizadores no período de cristianização dos povos originários brasileiros.
Esbell sugere que, ao expor as diversidades cosmológicas e cosmogônicas de outros povos originários e suas estéticas coletivas, pode-se provocar formas outras de identificação.