Eram 3h30 de 26 de agosto de 1914, em Rozelieures, na região de Lorena, fronteira com a Alemanha, quando Joseph Caillat, soldado do 54º batalhão de artilharia do exército da França, escreveu: “Nós marchamos para afrente, os alemães recuaram. Atravessamos o terreno em que combatemos ontem, crivado de obuses, um triste cenário a observar. Há mortos a cada passo e mal podemos passar por eles sem passar sobre eles, alguns deitados, outros de joelhos, outros sentados e outros que estavam comendo. Os feridos são muitos e, quando vemos que estão quase mortos, nós acabamos o sofrimento a tiros de revólveres”. Quando Caillat escreveu aquela que seria uma de suas primeiras cartas do front a seus familiares, a Europa estava em guerra havia exatos 32 dias – e acreditava-se que não por muito mais tempo.
(Disponível em: http://infograficos.estadao.com.br/public/especiais/100-anos-primeira-guerra-mundial/.)
O texto citado descreve o triste cenário da Primeira Grande Guerra. Dentre as consequências da Primeira Guerra Mundial, iniciada há 100 anos, além das irreparáveis perdas humanas e materiais, assinale a alternativa correta.
A ascensão da Europa como continente hegemônico mundial e oficial propagador da política imperialista.
A profunda modificação do equilíbrio europeu, com o desaparecimento de impérios como o austríaco e o otomano.
A concretização da unificação da Itália e da Alemanha, únicas nações europeias que até então não possuíam soberania nacional.
O estabelecimento da bipolaridade entre EUA e URSS, que marcaria todo o século XX através do que se denominou “Guerra Fria”.