UNESP 2016/2

Entre os motivos do pioneirismo português nas navegações oceânicas dos séculos XV e XVI, podem-se citar

a

a influência árabe na Península Ibérica e a parceria com os comerciantes genoveses e venezianos.

b

a centralização monárquica e o desenvolvimento de conhecimentos cartográficos e astronômicos.

c

a superação do mito do abismo do mar e o apoio financeiro e tecnológico britânico.

d

o avanço das ideias iluministas e a defesa do livre-comércio entre as nações.

e

o fim do interesse europeu pelas especiarias e a busca de formas de conservação dos alimentos.

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Resposta
B

Resolução

Análise Detalhada da Questão:

A questão pede para identificar os fatores corretos que explicam por que Portugal foi pioneiro nas Grandes Navegações nos séculos XV e XVI. Para resolver isso, precisamos analisar as condições políticas, econômicas, sociais e tecnológicas de Portugal nesse período.

Passo a Passo para a Solução:

  1. Compreender o Contexto: As Grandes Navegações foram um período de exploração marítima iniciado no século XV, motivado pela busca de novas rotas comerciais (especialmente para as Índias, fonte de especiarias), metais preciosos, expansão territorial e religiosa.
  2. Analisar o Pioneirismo Português: Portugal saiu na frente por uma combinação de fatores. Precisamos identificar quais desses fatores são apresentados corretamente nas alternativas.
  3. Avaliar a Alternativa A: A influência árabe foi importante para o conhecimento náutico e matemático na Península Ibérica, e houve parcerias pontuais com comerciantes italianos. No entanto, a principal motivação portuguesa era justamente contornar o monopólio italiano no Mediterrâneo, e a influência árabe, embora relevante, não foi o motor imediato do pioneirismo do século XV.
  4. Avaliar a Alternativa B: A centralização monárquica, consolidada com a Dinastia de Avis (após a Revolução de 1383-1385), deu a Portugal estabilidade política e um Estado capaz de financiar e organizar expedições de grande escala, algo que reinos vizinhos ainda fragmentados não conseguiam. Além disso, o desenvolvimento de conhecimentos cartográficos e astronômicos (Escola de Sagres, aprimoramento de instrumentos como astrolábio e quadrante, desenvolvimento da caravela) foi crucial para a navegação em mar aberto. Estes dois fatores são amplamente reconhecidos como essenciais para o pioneirismo português.
  5. Avaliar a Alternativa C: A superação de mitos como o do "mar tenebroso" foi mais uma consequência das viagens do que uma causa primária. O apoio britânico é historicamente incorreto para este período inicial; a Inglaterra se tornaria uma potência naval mais tarde.
  6. Avaliar a Alternativa D: As ideias iluministas são do século XVIII, muito posteriores ao início das navegações portuguesas. O livre-comércio também é uma ideia posterior; o período das Grandes Navegações foi marcado pelo Mercantilismo, que pregava o controle estatal da economia e a busca por monopólios.
  7. Avaliar a Alternativa E: O interesse pelas especiarias estava no auge, sendo um dos principais motores das navegações. A busca por rotas alternativas visava justamente acessar essas especiarias de forma mais barata. A conservação de alimentos era uma preocupação, mas não o fator determinante para viagens tão ambiciosas e arriscadas comparado à busca por lucro e poder.
  8. Concluir: A alternativa B apresenta a combinação mais precisa e relevante de fatores que explicam o pioneirismo português: um Estado centralizado com recursos e vontade política, aliado ao desenvolvimento técnico-científico necessário para a empreitada.

Resposta Final:

A alternativa correta é a B, pois a centralização do poder nas mãos do rei permitiu o investimento estatal necessário e a organização das expedições, enquanto os avanços no conhecimento náutico (cartografia, astronomia, construção naval) forneceram as ferramentas essenciais para navegar em oceanos desconhecidos.

Dicas

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Pense na estrutura política de Portugal na época. Era um reino unificado ou fragmentado?
Quais tecnologias eram necessárias para navegar longas distâncias em mar aberto, longe da costa?
Qual era o principal objetivo econômico das viagens portuguesas nesse período?

Erros Comuns

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Confundir as datas e misturar eventos/ideias de séculos diferentes (ex: Iluminismo no século XV).
Não diferenciar causas primárias de consequências (ex: superação de mitos).
Atribuir a Portugal fatores relevantes para outras nações ou períodos posteriores (ex: apoio britânico, livre-comércio).
Subestimar a importância da centralização política como fator organizador e financiador.
Minimizar o impacto dos avanços técnico-científicos específicos da época (Escola de Sagres, caravela, etc.).
Acreditar que o interesse por especiarias havia diminuído, quando na verdade era um dos principais motores.
Revisão

Revisão de Conceitos Essenciais:

  • Grandes Navegações (Séculos XV-XVI): Período de intensa exploração marítima europeia, visando encontrar novas rotas comerciais, fontes de riqueza (metais, especiarias), expandir territórios e disseminar a fé cristã.
  • Pioneirismo Português: Liderança de Portugal no início das Grandes Navegações, marcada por viagens pela costa africana, chegada às Índias e ao Brasil.
  • Centralização Monárquica: Concentração do poder político no rei e na formação de um Estado Nacional unificado. Em Portugal, ocorreu precocemente (Dinastia de Avis, final do séc. XIV), garantindo estabilidade e capacidade de investimento estatal.
  • Conhecimentos Náuticos: Conjunto de saberes e tecnologias essenciais para a navegação oceânica, incluindo:
    • Cartografia: Elaboração de mapas mais precisos (portulanos).
    • Astronomia: Uso de astros para orientação (determinação da latitude).
    • Instrumentos: Bússola, astrolábio, quadrante, balestilha.
    • Construção Naval: Desenvolvimento de embarcações adequadas para o Atlântico, como a caravela (veloz, manobrável, capaz de bolinar - navegar contra o vento).
  • Mercantilismo: Conjunto de práticas econômicas dos Estados Modernos (séc. XV-XVIII) caracterizado pelo intervencionismo estatal, metalismo (acúmulo de metais preciosos), balança comercial favorável e colonialismo. Contrastava com ideias posteriores de livre-comércio.
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