Entre os excertos de Broquéis (1893), de Cruz e Sousa (1861-1898), o que exemplifica a aliteração, recurso por excelência do Simbolismo é:
“Eternas, imortais origens vivas / Da Luz, do Aroma, segredantes vozes / Do mar e luares de contemplativas, / Vagas visões volúpicas, velozes...”
“Aladas alegrias sugestivas / De asa radiante e branca de albornozes, / Tribos gloriosas, fúlgidas, altivas, / De condores e de águias e albatrozes...”
“Dentre o chorar dos trêmulos violinos, / Por entre os sons dos órgãos soluçantes / Sobem nas catedrais os neblinantes / Incensos vagos, que recordam hinos...”
“Gargalha, ri, num riso de tormenta, / Como um palhaço, que desengonçado, / Nervoso, ri, num riso absurdo, inflado / De uma ironia e de uma dor violenta.”
“Impotência cruel, ó vã tortura! / Ó Força inútil, ansiedade humana! / Ó círculos dantescos da loucura! / Ó luta, Ó luta secular, insana!”