Entre 1929 e 1933, com a crise e a subsequente depressão, a desorganização da economia foi total. Os dados nos parecem assustadores, ainda para os padrões atuais. Cerca de 100 mil empresas faliram; os lucros das corporações caíram de US\$ 10 bilhões para US\$ 1 bilhão e o PNB norte- -americano foi reduzido à metade. A crise dos bancos foi lastimável. Em 1929, 659 bancos fecharam; em 1930, 1 350 faliram. Em 1931, foi ainda pior, 2 293 bancos fecharam; e no ano seguinte, mais 1 453 faliram.
(Marco A. Pamplona. Revendo o sonho americano: 1890-1972, 1995. Adaptado.)
A situação apresentada ocorreu durante o governo de Herbert Hoover. Mas a superação da desorganização econômica veio com o governo seguinte, de Franklin Roosevelt, porque houve uma série de medidas, como
a criação de um grande banco federal estatal e a permissão para que os bancos estaduais também se tornassem casas emissoras de papel-moeda.
a completa desregulamentação da economia, com a diminuição dos direitos trabalhistas e a proibição da greve por aumento salarial.
o incentivo para que os fazendeiros plantassem menos, além da criação de um salário-desemprego e de vagas de trabalho temporário em obras públicas.
o apoio estatal para a formação de grandes conglomerados empresariais, que abrangessem setores econômicos, como energia e telefonia.
o desestímulo ao consumo de produtos estrangeiros e à poupança, além da estatização da indústria automobilística e do setor petrolífero.