Entre 1508 e 1512, Michelangelo pintou o teto da Capela Sistina no Vaticano, um marco da civilização ocidental. Revolucionária, a obra chocou os mais conservadores, pela quantidade de corpos nus, possivelmente, resultado de seus secretos estudos de anatomia, uma vez que, no seu tempo, era necessária a autorização da Igreja para a dissecação de cadáveres. Recentemente, perceberam-se algumas peças anatômicas camufladas entre as cenas que compõem o teto. Alguns pesquisadores conseguiram identificar uma grande quantidade de estruturas internas da anatomia humana, que teria sido a forma velada de como o artista “imortalizou a comunhão da arte com o conhecimento”. Uma das cenas mais conhecidas é “A criação de Adão”. Para esses pesquisadores ela representaria o cérebro num corte sagital, como se pode observar nas figuras a seguir.
Considerando essa hipótese, uma ampliação interpretativa dessa obra-prima de Michelangelo expressaria
o Criador dando a consciência ao ser humano, manifestada pela função do cérebro.
a separação entre o bem e o mal, apresentada em cada seção do cérebro.
a evolução do cérebro humano, apoiada na teoria darwinista.
a esperança no futuro da humanidade, revelada pelo conhecimento da mente.
a diversidade humana, representada pelo cérebro e pela medula.