“Enquanto não forem, ou os filósofos reis nas cidades, ou os que agora se chamam reis e soberanos filósofos genuínos e capazes, e se dê essa coalescência do poder político com a filosofia, enquanto as numerosas naturezas que atualmente seguem um destes caminhos com exclusão do outro não forem impedidas forçosamente de o fazer, não haverá trégua dos males, meu caro Gláucon, para as cidades, nem sequer, julgo eu, para o gênero humano.”
Fonte: PLATÃO. A República. Lisboa: CalousteGulbenkian, 2010, p. 251. Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira.
A respeito da tese de Platão para o governo da cidade justa e feliz, é CORRETO afirmar que o poder teria que ser exercido:
Pelos deuses, pois os sábios têm caráter divino e representam os deuses entre os homens.
Pelo povo, uma vez que os governantes seriam democraticamente eleitos para dirigir a comunidade.
Por especialistas, já que a condição da justiça na cidade é ser dirigida por quem domina a arte de governar.
Pelos ricos, porque eles poderiam bem administrar a comunidade tal como administram seus próprios bens.