Em sua natureza e estrutura, as monarquias absolutas da Europa eram ainda Estados feudais: o instrumento de governo da mesma classe aristocrática que dominara a Idade Média. Mas na Europa ocidental que as viu nascer, as formações sociais que elas governaram eram uma combinação dos modos de produção capitalista e feudal, com uma burguesia gradualmente ascendente e uma crescente acumulação primitiva de capital à escala internacional.
(Perry Anderson. Linhagens do Estado absolutista, 1985.)
De acordo com o historiador, a monarquia absolutista da Europa ocidental era um Estado
essencialmente aristocrático, pois a fragmentação política e os poderes locais persistiam.
de transição, pois criou mecanismos de reforço da servidão e limites às atividades comerciais.
da burguesia mercantil, embora fundamentado na força político-militar da aristocracia feudal.
essencialmente burguês, pois a nova classe detinha a hegemonia na exploração colonial.
da nobreza feudal, embora também influenciado pela ascensão da burguesia e do capitalismo.