“Em resumo, não há ‘milagre grego’ e ‘há milagre grego’. Não há, se a expressão for tomada com o sentido de fato surpreendente e inexplicável, desprovido das condições históricas e materiais que permitiram o surgimento da filosofia grega. Há, se a expressão for tomada como interpretação das mudanças qualitativas profundas e decisivas que, em condições históricas determinadas, os gregos impuseram à herança que receberam. Como diz Abel Rey, “o milagre grego é milagre não por suas origens, mas por suas consequências prodigiosas”: filosofia, ciência, política, técnicas, cultura.”
Fonte: CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da filosofia. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 25.
O trecho acima trata de interpretações acerca das condições de surgimento da filosofia na Grécia Antiga.
É CORRETO afirmar que a autora se posiciona no sentido de considerar o nascimento da filosofia como algo
inaudito e indecifrável, pois nunca se viu algo sequer similar a tal invenção grega.
excepcional e completamente inédito, pois desvinculado de qualquer enraizamento social.
incompreensível e banal, pois seu surgimento é inexplicável, a despeito da sua clara existência.
novo e condicionado, pois expressa transformações substantivas elaboradas por gregos de determinada época.