Gestante de 40 semanas em trabalho de parto dá entrada no PS da Obstetrícia. Realizou pré-natal com 4 consultas, iniciado no segundo trimestre de gestação. Evoluiu com doença hipertensiva da gestação, em uso de metildopa. Sorologias de segundo e terceiro trimestre sem alterações. Realizada pesquisa de estreptococo do grupo B com 35 semanas com resultado negativo. Apresentou bolsa rota com líquido amniótico meconial 2+ durante avaliação em PS.
Após 4 horas de bolsa rota, evolui com sofrimento fetal, sendo indicado parto cesáreo. Ao nascimento, recém-nascido (RN), banhado em mecônio, hipotônico e sem chorar.
Em relação ao clampeamento de cordão do RN no caso acima, assinale a alternativa correta.
O mecônio indica o clampeamento imediato de cordão umbilical, devendo a primeira conduta na reanimação ser a aspiração traqueal sob visualização direta.
Deve ser realizado estímulo dorsal por 30 segundos e, em caso de não recuperação de tônus e ausência de choro, realizar clampeamento de cordão.
Realizar contato pele a pele e estimular RN por 30–60 segundos. Se houver melhora do tônus e respiração regular, prosseguir para clampeamento tardio de cordão, com 1–3 minutos.
Realizar clampeamento imediato de cordão e levar RN ao berço de reanimação, independentemente da presença de mecônio.
Para responder essa questão, é importante compreender as diretrizes atuais sobre o clampeamento do cordão umbilical em recém-nascidos (RN), especialmente em situações especiais como a presença de mecônio. O clampeamento imediato é recomendado se o RN precisa de ressuscitação imediata, o que inclui situações com mecônio. A aspiração traqueal não é mais uma prática recomendada rotineiramente para prevenção de aspiração meconial.
Reveja as diretrizes mais recentes sobre o clampeamento do cordão umbilical em situações de estresse fetal.
Pense sobre a necessidade de ressuscitação imediata em casos de presença de mecônio.
Considere a sequência de ações quando o RN não está respirando ou não tem tônus muscular adequado após o nascimento.
Assumir que a aspiração traqueal ainda é a primeira conduta em casos de mecônio.
Escolher clampeamento tardio sem considerar a condição clínica do RN.
Desconsiderar as recomendações atuais sobre o manejo do mecônio no nascimento.
O clampeamento do cordão umbilical envolve a decisão sobre o momento ideal de interromper a circulação sanguínea entre a mãe e o RN. O clampeamento tardio tem sido associado a benefícios na saúde neonatal em casos de nascimentos sem complicações. No entanto, em situações de estresse fetal ou quando o RN necessita de ressuscitação, o clampeamento imediato pode ser necessário.