Em regiões endêmicas para a malária também é frequente a anemia falciforme, doença genética na qual o alelo s apresenta substituição de um aminoácido na cadeia beta da molécula de hemoglobina, provocando uma falcemização (aspecto de foice) das hemácias. Indivíduos heterozigotos para o alelo (Ss) apresentam traço falcêmico e são considerados clinicamente normais.
Suponha que a malária, em uma região endêmica, seja erradicada. Nesse novo cenário, espera-se que
a frequência do alelo s mantenha-se estável, uma vez que a seleção natural deixou de atuar em consequência da erradicação da malária.
a frequência do alelo s diminua ao longo das gerações, mantendo-se em baixa frequência devido aos heterozigotos na população.
também haja erradicação do alelo s e da anemia falciforme, uma vez que uma doença só se manifesta na presença da outra.
a frequência do alelo s diminua e a frequência de indivíduos com traço falcêmico aumente, até que estes se tornem maioria na população.
a frequência dos indivíduos heterozigotos Ss aumente ao longo das gerações, devido à ação da seleção natural.
Em áreas endêmicas de malária, o alelo s da anemia falciforme é mantido em frequência relativamente alta porque os heterozigotos Ss possuem vantagem adaptativa (seleção balanceadora): são resistentes à malária e, ao mesmo tempo, não apresentam sintomas graves da anemia.
Quando a malária é erradicada, essa vantagem desaparece. Restam dois efeitos seletivos:
Portanto, a tendência evolutiva é a diminuição da frequência do alelo s. Contudo, como o alelo permanece escondido nos heterozigotos (que não sofrem seleção negativa forte), ele dificilmente desaparece por completo; estabiliza-se em baixa frequência.
Essa descrição corresponde exatamente à alternativa B.