Em Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire (1997, p. 25) afirma: “ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. Quem ensina ensina alguma coisa a alguém".
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A partir de uma perspectiva crítica de educação que toma a construção de conhecimentos na escola como imprescindível para a formação humana, um professor de ensino médio, ao planejar a prática educativa, deve considerar que:
As habilidades a serem desenvolvidas nesse nível de ensino independem da compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos e do estabelecimento de relações entre a teoria e a prática nos componentes curriculares.
A aprendizagem escolar tem um vínculo direto com o meio social, de modo que a consolidação de um conhecimento depende do significado que ele adquire em relação à experiência social do estudante na família, no meio social, no trabalho.
A passividade do estudante, em sua aprendizagem e no desenvolvimento de suas capacidades de abstração, reflexão, interpretação, proposição e ação, é essencial à sua preparação pessoal e profissional para o mundo do trabalho.
A promoção da aprendizagem competitiva desenvolve nos estudantes a capacidade de trabalharem de modo autônomo e eficaz, superando metas, aprendendo com seus pares e desenvolvendo sua criatividade para enfrentar e resolver problemas.
A seleção e a aplicação de metodologias e estratégias didático-pedagógicas idênticas a todas as turmas, com ritmos cadenciados e sem conteúdos complementares, garantem a todos as mesmas oportunidades de sucesso escolar, em função de seus talentos e méritos.