Em “O alienista”, o narrador machadiano dirige-se, inúmeras vezes, diretamente ao leitor, conforme se observa em:
“Era a vez da terapêutica. Simão Bacamarte, ativo e sagaz em descobrir enfermos, excedeu-se ainda na diligência e penetração com que principiou a tratá-los.”
“Respondiam-lhe ora uma coisa, ora outra; afinal disseram-lhe a verdade inteira.”
“Agora, se imaginais que o alienista ficou radiante ao ver sair o último hóspede da Casa Verde, mostrais com isso que ainda não conheceis o nosso homem.”
“No fim de cinco meses e meio estava vazia a Casa Verde; todos curados!”
“Neste ponto todos os cronistas estão de pleno acordo: o ilustre alienista fez curas pasmosas, que excitaram a mais viva admiração em Itaguaí.