UNEB 2014/2

Em média, os seres humanos respiram automaticamente 12 vezes por minuto e esse ciclo, em conjunto com os batimentos cardíacos, é um dos dois ritmos biológicos vitais. O cérebro ajusta a cadência da respiração às necessidades do corpo sem nenhum esforço consciente. Mas o ser humano tem a capacidade de deliberadamente prender a respiração por curtos períodos. Essa capacidade é valiosa quando se precisa evitar que água ou poeira invadam os pulmões, estabilizar o tórax antes do esforço muscular e aumentar o fôlego quando necessário para se falar sem pausas. Muito antes que a falta de oxigênio ou excesso de dióxido de carbono possa danificar o cérebro, algum mecanismo, aparentemente, leva ao ponto de ruptura, além do qual se precisa desesperadamente de ar. Uma explicação lógica hipotética para o ponto de ruptura é que sensores especiais do corpo analisam alterações fisiológicas associadas ao inspirar e expirar antes que o cérebro apague. O ponto de ruptura é o momento exato em que uma pessoa em apneia precisa desesperadamente de ar. O treinamento da apneia pode ampliá-la, assim como a meditação, que inunda o corpo com oxigênio, eliminando o dióxido de carbono, CO2. (PARKES. 2013. p. 22-27).

 

O controle nervoso da respiração é realizado pelo centro cardiorrespiratório localizado no bulbo raquidiano. Ele é alterado, dentre outros motivos, pelas variações da concentração de oxigênio e de dióxido de carbono, bem como do valor do pH do sangue.

 

Em relação a esse controle responsável pela manutenção da ventilação pulmonar em seres humanos, é correto afirmar:

a

A capacidade de prender a respiração por longos períodos é dependente exclusivamente da ação do sistema nervoso autônomo.

b

O centro cardiorrespiratório é capaz de regular a intensidade ventilatória dos pulmões sem a intervenção de uma ação voluntária nervosa.

c

A renovação de água rica em oxigênio presente nos alvéolos pulmonares é condicionada pelo estímulo sensorial gerado pelo bulbo raquidiano.

d

Os ritmos biológicos vitais promovem e regulam os batimentos cardíacos responsáveis por impulsionar os movimentos ventilatórios de inspiração e expiração.

e

Durante o mergulho, a necessidade de oxigenação dos tecidos é limitada devido à presença do ambiente aquático, o que permite um aumento do tempo de permanência submerso.

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Resposta
B

Resolução

Resolução detalhada

O texto de apoio informa que o centro cardiorrespiratório, situado no bulbo raquidiano, ajusta a cadência da respiração automaticamente de acordo com as necessidades do organismo. Esse ajuste baseia-se, principalmente, nos níveis de \(\text{CO}_2\), \(\text{O}_2\) e no pH sanguíneo, detectados por quimiorreceptores periféricos (corpos carotídeos e aórticos) e centrais (no próprio bulbo).

Quando a concentração de \(\text{CO}_2\) sobe (causando queda do pH) ou a de \(\text{O}_2\) cai, sinais aferentes chegam ao bulbo, que automaticamente aumenta a frequência e a profundidade dos movimentos respiratórios, sem necessidade de participação da vontade. Apesar de conseguirmos voluntariamente prender a respiração por certo tempo (ato comandado pelo córtex cerebral), a regulação básica da ventilação é involuntária e autônoma.

A alternativa que melhor expressa essa característica é a letra B:

“O centro cardiorrespiratório é capaz de regular a intensidade ventilatória dos pulmões sem a intervenção de uma ação voluntária nervosa.”

Dicas

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Lembre que respiramos mesmo durante o sono, sem ação voluntária.
O bulbo raquidiano ajusta a respiração conforme níveis de gases no sangue.
Procure a alternativa que enfatize a natureza automática desse controle.

Erros Comuns

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Achar que a apneia longa depende somente do sistema nervoso autônomo (assinalar A).
Confundir ação do coração com movimentos respiratórios (assinalar D).
Revisão

Revisão de conceitos-chave

  • Centro cardiorrespiratório (bulbar): conjunto de neurônios no bulbo raquidiano que gera ritmos básicos de respiração; integra sinais de quimiorreceptores.
  • Quimiorreceptores: sensores que detectam variações de \(\text{CO}_2\), \(\text{O}_2\) e pH e modulam a atividade do centro bulbar.
  • Sistema nervoso autônomo: porção do SNP que controla funções viscerais (respiração, frequência cardíaca) de forma involuntária.
  • Controle voluntário da respiração: possível via córtex motor, mas limitado; o bulbo reassume o comando quando os níveis gasosos se desviam demais.
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