Neste texto de Gautier Map, do século XII, percebe-se uma perspectiva típica da Igreja medieval, que considerava a interpretação da Bíblia privilégio de poucos eruditos. A menção aos “porcos” e aos “ignorantes” aponta ao receio de que a livre leitura das Escrituras caísse em mãos de quem não teria entendimento correto ou autorização clerical para interpretá-la. Historicamente, essa postura acabou sendo contestada por movimentos considerados heréticos no medievo e, posteriormente, pelas Reformas protestantes do século XVI, cujo princípio era justamente a possibilidade de cada fiel ler e interpretar individualmente a Bíblia. Por isso, a alternativa correta é (E).
Acesso às Escrituras na Idade Média: durante a maior parte da Idade Média, a Igreja Católica controlava a interpretação da Bíblia, mantendo-a em latim e sob a égide do clero. Alguns movimentos classificados como heréticos defendiam o acesso livre às Escrituras e sua tradução para a língua do povo.
Reformas Protestantes: as Reformas, iniciadas no século XVI, recuperaram a ideia de dar a cada fiel a possibilidade de ler a Bíblia na sua própria língua, o que confrontava diretamente a postura oficial anterior.