Em 1987, a então Primeira-Ministra da Grã-Bretanha, Margaret Thatcher, deu uma declaração durante uma entrevista que resumia, em parte, o seu ideário político liberal: “A sociedade não existe. Existem homens, existem mulheres e existem famílias”.
O governo de Thatcher ficaria conhecido como um dos precursores do chamado Estado neoliberal, que enfatizava, entre outros ideais, o individualismo. Assim, esta concepção de governo contradiz os fundamentos da Sociologia de Durkheim, segundo o qual a sociedade poderia ser identificada
como a soma de indivíduos que definem seus valores em comum, unindo-se por laços de solidariedade voluntária.
a partir da existência de um contrato social que dá origem ao Estado e à sociedade civil.
como o resultado da ação da classe dominante, capaz de reunir e controlar as massas.
pela síntese de ações e sentimentos individuais que originam uma vida psíquica sui generis.
Nessa questão, Margaret Thatcher defende uma visão liberal e individualista, que contrasta fortemente com a visão sociológica de Émile Durkheim. De acordo com Durkheim, a sociedade é mais do que a mera soma de indivíduos; ela tem existência própria, formada pela consciência coletiva, que se expressa em normas, valores e regras sociais, as quais orientam comportamentos e mantêm a coesão do grupo social. Por isso, a resposta correta é aquela que destaca a existência de uma “vida psíquica sui generis” acima dos indivíduos. Isto corresponde à alternativa D.
Durkheim mostrava que, mesmo que as ações partam de indivíduos singulares, a sociedade cria pressões e regras (fatos sociais) que orientam a prática de cada pessoa e que dificilmente podem ser explicadas somente pela vontade de cada um. Assim, a sociedade molda e, ao mesmo tempo, é moldada pelos indivíduos, criando algo que transcende a soma de cada pessoa.