Em 1953, Stanley Miller, um estudante de pós-graduação da Universidade de Chicago, pegou dois frascos – um contendo um pouco de água para representar um oceano primordial, o outro com uma mistura dos gases metano, amoníaco e ácido sulfídrico para representar a atmosfera antiga da Terra. Uniu-os com tubos de borracha e introduziu algumas faíscas elétricas para representar os raios. Após alguns dias, a água dos frascos, agora verde e amarela, tornara-se um caldo forte de aminoácidos, ácidos gordurosos, açúcares e outros compostos orgânicos.
“Se Deus não fez desta maneira” — observou encantado o supervisor de Miller, o prêmio Nobel Harold Urey — “perdeu uma boa chance.”
(BRYSON, 2005, p. 293).
Considerando-se as conclusões obtidas a partir dos resultados dos experimentos realizados por Stanley Miller, é correto afirmar:
Miller confirmou, com seus experimentos, a hipótese proposta por Alexander Oparin de que a vida surgiu de forma heterotrófica e anaeróbia em um oceano primitivo repleto de matéria orgânica.
A presença de compostos orgânicos no experimento ratificou a existência de um oceano primitivo rico em aminoácidos envolvido por uma atmosfera oxidante.
A combinação dos gases presentes no experimento favoreceu a formação de unidades autopoiéticas que se nutriam do próprio caldo verde e amarelo gerado no interior dos frascos.
A ausência de oxigênio na composição dos gases do experimento impediu o desenvolvimento dos primeiros seres vivos, como previu Alexander Oparin em sua hipótese heterotrófica de origem da vida.
A formação em laboratório de componentes orgânicos, a partir da combinação de determinados gases e fatores ambientais controlados, aproximou a ciência de uma possível resposta para a origem da vida na Terra.