Em 1936, o escritor Graciliano Ramos foi preso, sem acusação formal e sem processo, pela repressão política do governo Getúlio Vargas. No livro Memórias do Cárcere, ele narrou alguns fatos vivenciados durante sua estada na prisão e refletiu sobre eles. O trecho a seguir descreve o dia da deportação para a Alemanha nazista das militantes Olga Prestes e Elisa Berger:
– Vão levar Olga Prestes. [...] Os tamancos [das prisioneiras] batiam firmes no chão movediço. Doía-me saber que essas rijas manifestações não teriam nenhum efeito no exterior. As duas mulheres sairiam do Brasil se a covardia nacional as quisesse entregar ao assassino estrangeiro.
(RAMOS, G. Memórias do Cárcere. São Paulo: Record, 1984. p.276.)
Com base no conhecimento prévio sobre o período, assinale a alternativa correta.
A prisão de Olga Benário, Graciliano Ramos e Luís Carlos Prestes se deu por suas participações no Plano Cohen, que visava à implementação de um regime comunista no Brasil.
As agitações dos anos 1935 e 1936, com os embates do Movimento Integralista e da Aliança Nacional Libertadora, serviram de pretexto para a implementação do Estado Novo, uma nova forma de governo inspirada na democracia norte-americana.
Antes de 1935, não houve oposição ao governo Vargas, saudado como aquele que pôs fim aos governos corruptos da República Velha.
O regime do Estado Novo, implementado a partir de 1937, é um exemplo das várias tentativas democráticas de assegurar um equilíbrio entre o capital e o trabalho no Brasil.
Olga Benário, de origem judaica, esposa de Luís Carlos Prestes, líder da Aliança Nacional Libertadora, foi deportada, grávida, para a Alemanha nazista, onde foi assassinada em um campo de concentração.