Em 1906, os geneticistas britânicos L. Doncaster e G. H. Raynor, estudando o cruzamentos entre mariposas magpie (asas escuras x asas claras), encontraram os seguintes cruzamentos recíprocos:
I – fêmeas com asas claras X machos com asas escuras = toda a prole com asas escuras.
II – fêmeas com asas escuras X machos com asas claras = toda a prole feminina com asas claras e toda prole masculina com asas escuras.
A partir desses resultados, podemos afirmar que se trata de um caso de
diibridismo.
co-dominância herança.
herança autossômica dominante.
herança autossômica recessiva.
herança ligada ao sexo.
Para identificar o tipo de herança, analisemos cada cruzamento recíproco.
Cruzamento I
• Fêmea (asas claras) × Macho (asas escuras)
• Toda a prole apresenta asas escuras.
Isso indica que o alelo que produz asas escuras é dominante sobre o alelo que produz asas claras.
Cruzamento II
• Fêmea (asas escuras) × Macho (asas claras)
• Toda a prole feminina nasce com asas claras.
• Toda a prole masculina nasce com asas escuras.
Os resultados mudaram quando trocamos o sexo dos genitores, ou seja, o cruzamento recíproco produziu proporções fenotípicas diferentes. Isso revela que o gene que determina a coloração das asas está localizado em um cromossomo sexual, pois apenas nesses casos o sexo dos genitores altera o resultado.
Em mariposas (Lepidoptera), as fêmeas são ZW e os machos são ZZ. Podemos representar:
Cruzamento I (fêmea aW × macho AZ)
Gâmetas: fêmea → aW; macho → AZ.
A prole: AZ (machos) e aZ (fêmeas). Todos apresentam o alelo A, portanto asas escuras.
Cruzamento II (fêmea AZ × macho aZ)
Gâmetas: fêmea → A/Z; macho → a/Z.
A prole:
• Fêmeas: aW (claras) e AW (escuras). Contudo, só surge aW (claras), porque a fêmea só pode doar W sem A quando o macho doa a.
• Machos: AZ (escuras) e aZ (claras). Contudo, só surge AZ (escuras), pois a fêmea sempre doa A quando doa Z.
Esse comportamento só é explicado se o gene estiver num cromossomo sexual. Logo, trata-se de herança ligada ao sexo.
Conceitos-chave