Em 1897, os britânicos invadiram a Cidade do Benin. Exilaram o rei, atearam fogo à cidade e saquearam milhares de objetos de arte, incluindo 3.500 a 4.000 trabalhos em bronze. Cerca de 1.100 desses artefatos chegaram à Alemanha como aquisições. Em Berlim há 440 peças de bronze do Benim, é a segunda maior coleção do mundo. Embora pertençam legalmente a alemães, os críticos questionam a legitimidade da propriedade devido à forma como os objetos foram obtidos. Pouco depois do massacre de 1897, o então Reino do Benim exigiu a restituição dos bronzes. Desde a independência, em 1960, que a Nigéria luta para recuperar os artefatos. Até agora, sem sucesso. Mas avistam-se mudanças desde o início de 2020: o ministro dos Negócios
Estrangeiros alemão, Heiko Maas, pronunciou-se a favor de uma restitução adequada e de uma abordagem honesta do passado colonial.
DW. Alemanha prepara-se para restituir Bronzes do Benim? 21/3/2021. Disponível em: Acesso em: 11/2021.
Ao discutir a devolução dos objetos de arte saqueados do Benin, no final do século XIX, o texto anterior aborda alguns dos efeitos do imperialismo europeu e das independências em África, que se caracterizam sobretudo
pelas resistências africanas ao domínio colonial europeu e pelo pan-africanismo, como uma das vias para as independências em África.
pela sistemática reparação econômica concedida aos países africanos motivada por séculos de escravidão e por décadas de ocupação e exploração colonial.
pelo fato de a Alemanha não ter participado da colonização europeia em África.
pela ausência do racismo nas relações entre europeus e africanos.
pela inexistência de guerras de libertação que resultaram nas independências de alguns países africanos e pelo colonialismo brando por parte dos europeus.