Em 1889, um grupo de libertos da região de Vassouras, no Rio de Janeiro, endereçou a Rui Barbosa uma carta na qual exigia instrução pública para seus filhos. Vivia-se um período delicado; a escravidão fora extinta havia pouco tempo, e a Monarquia estava em colapso. Os signatários da carta se declaravam republicanos e diziam que foram eles, os ex-escravos, e não a família real, os autores da abolição. Nem de longe o fim da escravidão foi algo decidido e encaminhado apenas pelos senhores brancos e doutores do Império.
Wlamyra R. de Albuquerque Adaptado de “Cor que faz a diferença.” In: FIGUEIREDO, L. (org). A era da escravidão. Rio de Janeiro: Sabin, 2009.
O entendimento dos libertos, manifestado na carta a Rui Barbosa, sobre a maneira pela qual a escravidão terminou no Brasil, está baseado em ações exemplificadas nas:
fugas de cativos
publicações de livros
pressões estrangeiras
leis emancipacionistas