Em 1621 criou-se a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, e o fim da trégua marcou nova mudança no cenário. Formada a partir de capitais do Estado e do aporte de verba de financistas privados, a Companhia teria como um dos objetivos principais a ocupação de zonas de produção açucareira no Brasil e o controle do suprimento de escravos na África: atividades complementares e indissociáveis. Como descreveria o padre Antonil, importante cronista da América Portuguesa, ainda no princípio do século XVIII, os escravos “eram as mãos e os pés” dos senhores de engenho e, sem eles, não havia açúcar.
(SCHARCZ; STARLING. 2015. p. 58-59).
Com base na afirmação do Padre Antonil, importante cronista da América Portuguesa, ao afirmar que, ainda no princípio do século XVIII, os escravos “eram as mãos e os pés” dos senhores de engenho, e nos conhecimentos sobre a história sociopolítica do Brasil, é correto afirmar que
a necessidade da mão de obra escrava na zona açucareira contribuiu para uma relação patriarcal e parcimoniosa entre os senhores de engenhos e os escravos.
a área mineradora sofreu com a ausência de mão de obra, restrita à zona açucareira, tendo-se adotado como solução a adoção do trabalho do imigrante.
a produção de café, na época imperial, utilizou-se do trabalho assalariado, devido às bens sucedidas expêriencias das colônias de parceira do Vale do Paraíba.
o mercado interno desenvolveu-se bastante no século XVIII, com a economia mineradora, abastecida por escravos e mercadorias vindos do nordeste e do sul do país.
o grande desenvolvimento da colônia, em decorrência das economias canavieira e mineradora, contribuiu para a ausência de conflitos entre a colônia e a metrópole portuguesa.