Em 1º de outubro deste ano, o jornal digital RFI publicou artigo afirmando que “segundo vários economistas, o governo francês assume uma política que vai na contramão da adotada pelos vizinhos para reduzir os efeitos da crise econômica mundial.” Sobre a particularidade da política econômica adotada pelo governo de François Hollande para contornar os efeitos da crise mundial, é correto afirmar que:
A França não adotou uma política de austeridade fiscal, posta em prática pelos países mais afetados pela crise, o que levou François Hollande a manter um alto nível de aprovação popular desde que assumiu a presidência.
Embora não estejam previstos cortes orçamentários nos serviços públicos e o aumento de impostos proposto pelo governo atinja mais as empresas do que os salários, o alto índice de desemprego levou os trabalhadores a protestarem.
A política de austeridade fiscal adotada por Hollande incide pouco sobre a renda das camadas populares, se contraposta às rendas da Espanha, de Portugal e da Grécia, mas o alto índice de desemprego também desencadeou protestos na França.
O reduzido volume da dívida pública possibilitou uma política de austeridade fiscal que não atinge a renda trabalhista e o capital produtivo, mas apenas os bancos e as rendas milionárias.
Com o propósito de preservar o nível de renda da população, Hollande propõe reduzir o déficit estatal por meio do arrocho fiscal sobre as grandes fortunas, iniciativa que afasta investidores de uma economia já estagnada.