Ei, reaça, vaza dessa marcha
[1] Não, reaça, eu não estou do seu lado. Não vem transformar esse protesto legítimo em uma ação despolitizante contra a
corrupção. Não vem usar nariz de palhaço, não tem palhaço nenhum aqui. Agora que a mídia comprou a manifestação tu vem dizer
que acordou?
O povo já está na rua há muito tempo, movimentos sociais estão mobilizados apanhando da polícia faz muito tempo. São eles
[5] os baderneiros, os vândalos, os que atrapalham o trânsito. Movimento pelo transporte, Movimento Feminista, Movimento Gay,
Movimento pela Terra, Movimento Estudantil... Ninguém tava dormindo! Essa violência que espanta todo mundo não é novidade,
não é coisa de agora. Acontece TODOS os dias nas periferias brasileiras, onde não tem câmera pra registrar ou repórter para se
machucar e modificar o discurso da mídia.
Não podemos admitir que nossa luta seja convertida pela direita numa passeata contra a corrupção. Não é uma causa de
[10] neoliberais. Não é uma causa pelos valores e pela família. Não estamos pedindo o fim do Estado – pelo contrário! – Esse “Acorda,
Brasil” não tem absolutamente NADA a ver com a mobilização das últimas semanas. Então se tu realmente acredita que a mídia tá
do nosso lado, abre os olhos! São muitas as maneiras de se acabar com um levante: força policial, mídia oportunista, adoção e
desconstrução do discurso... [...]
(Texto do Blog de Natacastro, 17 jun. 2013.)
A palavra “reaça” é formada a partir de “reacionário”. Esse é um processo de formação de palavras atualmente muito produtivo no português coloquial. Observe as correspondências abaixo e aponte quais são formações feitas pelo mesmo processo.
1. Net a partir de internet.
2. Profissa a partir de profissional.
3 Dinheirama a partir de dinheiro.
4. Vestiba a partir de vestibular ou vestibulando.
São formadas pelo mesmo processo que “reaça”:
1 e 2 apenas.
1 e 3 apenas.
2, 3 e 4 apenas.
2 e 4 apenas.
1, 2 e 4 apenas.