Efetivamente, o sentido burguês da Revolução Inglesa [do século XVII] não só se mostra na sua gestação, conduzida por uma classe agrária capitalista com apoio decidido dos setores mercantis urbanos, mas, especialmente, na criação de condições para o avanço das forças produtivas capitalistas, de tal forma liberadas, que culminariam na Revolução Industrial [do século XVIII], concluindo-se, pois, que, desse ponto de vista, merecem demarcar o início da Era das Revoluções Burguesas.
ARRUDA, José Jobson de. A Grande Revolução Inglesa: 1640-1780. São Paulo: Depto. de História, FFLCH – USP; HUCITEC, 1996, p.183. Adaptado.
Sobre essas duas revoluções ocorridas na Inglaterra e sobre a relação entre elas, podemos afirmar que a
Revolução Industrial Inglesa do século XVIII precisou contar com a importação de recursos naturais fundamentais à industrialização, mas muito escassos na Grã-Bretanha, como o carvão e o ferro.
Revolução Inglesa do século XVII foi fundamental para colocar no poder parlamentar uma classe burguesa voltada especialmente para o desenvolvimento fabril e comercial em detrimento do setor agropecuário.
Revolução Inglesa do século XVII colocou no poder parlamentar capitalistas que promoveram o desenvolvimento infraestrutural necessário à eclosão da Revolução Industrial do século XVIII, como a criação do Banco da Inglaterra e o desenvolvimento da indústria portuária.
Revolução Industrial Inglesa do século XVIII encontrou na tecelagem de algodão sua primeira grande indústria, amparada nas grandes lavouras desenvolvidas nas Ilhas Britânicas. Contudo, a primeira indústria de tecelagem a se mecanizar foi a indústria de tecidos de lã.
Revolução Industrial Inglesa do século XVIII promoveu rápido crescimento do mercado consumidor interno, já que a mão de obra assalariada nas indústrias passou a consumir largamente os produtos que ela mesma produzia, o que elevou substancialmente a qualidade de vida dos trabalhadores.