É verdade que mudaram radicalmente as relações cidade-campo. Mas não foram mudanças que reduziram o contraste entre ambos, por mais que a estrutura ocupacional da economia rural tenha se tornado semelhante à da economia urbana. Nos Estados Unidos, os serviços garantem mais da metade dos empregos rurais e a indústria quase um quinto. Mas o valor do espaço rural está cada vez mais ligado a tudo o que se opõe à cidade. Na verdade, o desenvolvimento leva à revalorização do ambiente natural, e não à “urbanização do campo” visualizada por Marx em manuscritos de 1857-8.
JOSÉ ELI DA VEIGA Adaptado de Cidades imaginárias – O Brasil é menos urbano do que se calcula. Campinas: Autores Associados, 2002.
A partir das informações do texto, podemos concluir que a distinção entre cidade e campo vincula-se ao estabelecimento da diferença entre espaço e atividades econômicas.
Essa distinção está adequadamente expressa em:
o campo não é lugar adequado à instalação de indústrias
o espaço rural não é sinônimo de atividades primárias
o espaço urbano não é compatível com a prática do ecoturismo
a cidade não é o local de predomínio dos setores secundário e terciário