É inegável que neste começo do século XXI o esporte em geral tornou-se segmento economicamente significativo. Ele representa 3% do PIB europeu, e parcela importante desse valor é constituída pelo futebol, que emprega direta e indiretamente 450 milhões de pessoas. Além do volume financeiro que gravita anualmente em torno do futebol, há outro fenômeno notável a cada quatro anos, certo crescimento econômico adicional no país que vence a Copa do Mundo.
Esses dados fazem do futebol a maior indústria do planeta. E há larga distância entre países produtores e países consumidores. Por isso no plano esportivo a participação do Brasil é admirável, mas no plano econômico é pálida, com apenas 2% do total mundial movimentado pelo setor. Exportação dos grandes craques, estádios desconfortáveis, baixo poder aquisitivo são fatores que afastam o público brasileiro.
(Hilário Franco Júnior. A dança dos deuses: futebol, cultura, sociedade, 2007. Adaptado.)
No excerto, o historiador
condiciona a prosperidade econômica de um país à sua alta performance nos esportes.
insere o futebol no contexto da globalização, com os efeitos daí resultantes.
estabelece vínculos entre os esportes, como o futebol, e o aumento do patriotismo.
relaciona o fortalecimento do nacionalismo econômico ao consumo ligado aos esportes.
analisa o uso político do futebol pelos governos, em especial durante a Copa do Mundo.