“(...) Durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum capaz de os manter a todos em respeito,
eles se encontram naquela condição a que se chama guerra; e uma guerra que é de todos os homens contra todos os
homens” (HOBBES. Leviatã. Cap. XIII).
“Diz-se que um Estado foi instituído quando uma multidão de homens concordam e pactuam, cada um com
cada um dos outros, que a qualquer homem ou assembléia de homens a quem seja atribuído pela maioria o
direito de representar a pessoa de todos eles (ou seja, de ser seu representante), todos sem exceção, tanto os
que votaram a favor dele como os que votaram contra ele, deverão autorizar todos os atos e decisões desse
homem ou assembléia de homens, tal como se fossem seus próprios atos e decisões, a fim de viverem em
paz uns com os outros e serem protegidos dos restantes homens. É desta instituição do Estado que derivam
todos os direitos e faculdades daquele ou daqueles a quem o poder soberano é conferido mediante o
consentimento do povo reunido” (HOBBES. Leviatã. Cap. XVIII).
Considerando as duas passagens da obra O Leviatã, é CORRETO afirmar.
Os homens já nascem em sociedade onde vivem de modo harmonioso, na medida em que cooperam uns em relação aos outros.
Os homens vivem em estado de natureza e é preciso estabelecer um pacto social para a formação do Estado.
O estado de natureza é um estado pacífico, em que reina a harmonia entre os homens e nenhum deles está preocupado com aquilo que é do outro.
Para ascender ao Estado civil, é necessária a constituição de um partido revolucionário que se oponha à exploração que é própria das sociedades capitalistas.
O estado de natureza, conforme o caracteriza Hobbes, é marcado pelo medo do Leviatã.