Durante o Período Regencial (1831-1840), ocorreram em nosso país inúmeras revoltas, as quais colocaram em risco a unidade do Império do Brasil. Na província de São Pedro do Rio Grande, entre 1835 e 1845, ocorreu a chamada Revolução Farroupilha. Sobre esse movimento, é correto afirmar:
Teve um caráter totalmente diferente das demais revoltas ocorridas no Brasil no mesmo período, uma vez que seus líderes pertenciam às camadas populares e defendiam mudanças profundas, como a reforma agrária e a abolição da escravatura.
Apesar do nome, foi uma luta da classe dominante local, ou seja, dos pecuaristas sul-rio-grandenses (estancieiros, na sua maioria, e alguns charqueadores), contra o centralismo político e administrativo do Império brasileiro.
Apresentou características de uma revolta social, pois uma parcela significativa da população sul-rio-grandense rebelouse contra a miséria, a desigualdade e a exploração a que estava submetida, decorrente do descaso das autoridades imperiais.
Pode ser caracterizado como uma revolta popular, pois desde o início contou com o apoio dos estancieiros, interessados na libertação de seus escravos com o intuito de conquistar a simpatia da população local, o que, por sua vez, implicaria o aumento do poder político por eles exercido na província.
Foi uma rebelião dirigida por intelectuais da classe média que foi conquistando a simpatia das camadas populares e dos estancieiros, transformando-se numa luta que, pela primeira vez, uniu os sul-rio-grandenses em torno de um mesmo ideal.