Durante o período colonial, a escravidão indígena não foi questionada, mas o que se discutia eram quais índios deveriam ser escravizados e em que circunstâncias. [...] Neste sentido, leis sucessivas foram editadas, permitindo a apropriação dos indígenas. [...] Os cativeiros referiam-se aos índios apresados nas "guerras justas". Os índios capturados nesse contexto se tornavam escravos por toda a vida.
JESUS, Nauk Maria de. A guerra justa contra os Payaguá (1ª metade do século XVIII).
História em Reflexão: Revista Eletrônica de História, Dourados v. 1, n. 2, p. 1-17, jul./dez., 2007.
No Brasil colonial a guerra justa era entendida como
aquela em que havia equilíbrio entre os dois lados do conflito, podendo a vitória pertencer a qualquer um dos contendores.
um modelo ético e moral de dominação, baseado no princípio da conquista para a salvação das almas dos indígenas.
uma justificativa para o processo de ocupação e defesa territorial contra os invasores franceses e holandeses.
uma forma de legitimar a resistência indígena ao cativeiro, a união com os colonizadores e a aculturação europeia.
aquela autorizada pela Coroa ou pelos governadores ou as travadas em legítima defesa contra os ataques indígenas.