Durante cinco anos, em livros como Menino de engenho, Bangüê e Doidinho, o romancista nos trazia mais um caso da família do coronel José Paulino, mais uma vicissitude do engenho do Santa Rosa, mais um aspecto da existência nas lavouras de cana do Nordeste, e da indústria do açúcar. Com Usina esgotou o assunto. Sem se repetir, não poderia continuar a estudar o tema.
Que daria José Lins do Rego sem o açúcar, sem as recordações de infância? O romance Pureza foi a resposta do romancista, que permitiu aquilatar com segurança sua capacidade de criar livremente, sem o ponto de partida das evocações de gente e coisas familiares.(Adaptado de Lúcia Miguel Pereira, prefácio a Pureza, de José Lins do Rego. Rio de Janeiro: José Olympio, 1956)
Depreende-se desse trecho crítico que José Lins do Rego
I. envolveu-se por algum tempo em uma produção ficcional de base memorialística, voltada para importante ciclo econômico nordestino.
II. reiterou, no romance Pureza, a virtude de produzir obras ficcionais com base em experiências recolhidas de sua infância em engenhos de açúcar.
III. tranquilizou, com o romance Pureza, quem já demonstrava preocupação com obsessões temáticas que vinham marcando sua obra.
Em relação ao enunciado está correto o que se afirma em
I, II e III.
I e II, somente.
II e III, somente.
I e III, somente.
III, somente.