Durante as décadas de 1960 e 1970, a América Latina foi palco de confronto entre forças reformistas e nacionalistas que se opuseram à hegemonia das elites patrocinadas pelos Estados Unidos.
Nesse contexto,
no Chile, em 1973, Salvador Allende venceu o pleito eleitoral que derrotou Augusto Pinochet, instalando um governo de orientação marxista que, por sua vez, foi apoiado por Cuba, El Salvador e Venezuela, países defensores do bolivarianismo, corrente política defensora da unificação política da América Latina.
no Brasil, a Frente Ampla, defensora da abertura lenta e gradual, mobilizou a população brasileira contra o governo militar, promovendo movimentos que passaram a combater a repressão governamental e a promulgação da Lei da Anistia proposta pelo presidente João Batista de Oliveira Figueiredo.
na Argentina, Juan Domingo Perón enfrentou grandes dificuldades ao implantar reformas trabalhistas, mesmo apoiado pela primeira dama Eva Perón, devido aos abalos políticos e econômicos, ao tentar manter o controle sobre o arquipélago das Ilhas Malvinas numa luta longa contra os britânicos.
no Uruguai, a queda dos blancos e colorados após mais de duzentos anos de revezamento político permitiu a ascensão do líder de extrema direita Tabaré Vásquez, defensor do retorno do bloco econômicos ALADI, da década de 1930, em prol da união econômica latino-americana.
na Nicarágua, o ditador Anastácio Somoza foi derrubado pela Revolução Sandinista, e Daniel Ortega, ao assumir o poder, determinou a criação de tribunais revolucionários, liberdade de imprensa e reunião partidária e sindical, bem como a estatização de bancos.