Durante a Revolução Francesa, no ano de 1793, um grupo de mulheres liderado pela atriz Rose Lacombe forçou a entrada na sala do Conselho Geral, onde políticos decidiam assuntos nacionais. Essas mulheres reivindicavam seus direitos políticos, mas foram expulsas do recinto.
Nessa ocasião, o Procurador Chaumette subiu à tribuna e discursou:
“Desde quando se permite às mulheres negarem seu sexo, fazerem-se homens? A Natureza disse à mulher: seja mulher. Os cuidados da infância, as coisas do lar, as diversas preocupações da maternidade, eis tuas tarefas.”
(BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. Fatos e mitos. São Paulo: Difel, 1960, p. 142. Adaptado)
Analisando a situação descrita, pode-se concluir corretamente que, apesar dos ideais de igualdade defendidos pela Revolução Francesa, o Conselho Geral da revolução
garantiu às mulheres nobres os seus privilégios, levando as mulheres pobres a trabalhar.
manteve as mulheres numa condição de subordinação às decisões políticas dos homens.
considerou as mulheres aptas ao trabalho, desde que prestassem obediência aos nobres.
afastou as mulheres de assuntos domésticos e familiares, oferecendo-lhes cargos políticos.
aceitou a participação de mulheres na Assembleia, desde que fossem casadas oficialmente.