Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
BANDEIRA, Manuel. Desencanto. Disponível em: <http://poemasdemanuelbandeira.blgspot.com.br/2007/03/desencanto-eu-faco-versos-como-quem.html>. Acesso em: 20set.2013.
Personificação ou prosopopeia é a figura de linguagem que consiste na atribuição de características humanas a seres inanimados ou irracionais. Considerando esta definição e os versos retirados do poema “Desencanto”, de Manuel Bandeira, qual alternativa apresenta um claro exemplo de prosopopeia?