Desde os tempos homéricos, passando pelo período helenístico, até o final do Império Romano, a propriedade da terra permaneceu como a condição básica para que o cidadão gozasse de poder e prestígio. [...]
É de Marx a célebre frase: “A história antiga clássica é a história das cidades, porém, de cidades baseadas sobre a propriedade da terra e da agricultura.”
(Maria Beatriz B. Florenzano. O mundo antigo: economia e sociedade, 1982.)
A análise do fragmento permite concluir corretamente que
a supremacia econômica do espaço urbano sobre o rural deveu-se à especial capacidade de acumulação de capitais por parte das cidades da Antiguidade.
a utilização do trabalho livre nas cidades e do trabalho compulsório no campo determinou a prevalência das cidades sobre os espaços rurais greco-romanos.
a importância obtida pela vida urbana no mundo grecoromano tem por fundamento uma estrutura social e política essencialmente agrária.
a inexpressiva participação política das populações campesinas é parte da explicação para a hegemonia do mundo urbano na Antiguidade Clássica.
os espaços urbanos na Antiguidade recebiam a maior parte das populações, mas o desenvolvimento técnico era exclusividade do campo.