UEL 2010

Desde Louise Brown, a primeira “bebê de proveta”, nascida em 1978, a fecundação in vitro sofreu um considerável desenvolvimento. Este método requer um tratamento hormonal adequado, o qual resulta dos conhecimentos adquiridos sobre a fisiologia do ciclo menstrual feminino. Hoje em dia, é possível uma mulher engravidar após a menopausa, recorrendo às técnicas de reprodução terapeuticamente assistida.

A seguir, cita-se um exemplo de tratamento hormonal associado à fecundação in vitro para a transferência deembriões:

1ª Fase – Tem início no primeiro dia do ciclo e utiliza um análogo estrutural da GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina), que impede este hormônio de agir sobre a hipófise. Normalmente, após 14 dias de tratamento, inicia-se a segunda fase.

2ª Fase – Utiliza-se um hormônio sintético que estimula o desenvolvimento de vários folículos, a fim de obter ovócitos. O processo de maturação folicular é monitorizado por ecografia.

3ª Fase – A fim de desencadear a ovulação, quando a maturação folicular é adequada, administra-se gonadotrofina coriônica humana (HCG). A retirada dos ovócitos é realizada em 36 horas após a injeção hormonal.

4ª Fase – Após a retirada dos ovócitos, a mulher recebe outro tratamento hormonal, por via endovaginal, durante 8 dias, com o objetivo de preparar o útero para a nidação.

Com base nas informações do texto, considere a afirmativa a seguir:

O hormônio sintético administrado na 2ª fase do tratamento hormonal tem uma ação semelhante ao __________________,enquanto a administração de HCG, na 3ª fase, visa simular a alta taxa de ______________.

Assinale a alternativa que contém os hormônios que, respectivamente, preenchem as lacunas.
a
Estrogênio e hormônio luteinizante.
b
Hormônio folículo estimulante e progesterona.
c
Estrogênio e progesterona.
d
Hormônio folículo estimulante e luteinizante.
e
Hormônio luteinizante e estrogênio.
Ver resposta
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Resposta
D

Resolução

O texto descreve passo a passo o protocolo hormonal em um procedimento de fecundação in vitro. Para responder, basta relacionar cada fase com os hormônios naturais que exercem funções equivalentes no ciclo menstrual.

1. Recapitulação das fases citadas

  • 1ª fase – análogo de GnRH bloqueia a hipófise.
  • 2ª fase – aplica-se um hormônio sintético que estimula o crescimento de vários folículos.
  • 3ª fase – injeta-se HCG para desencadear a ovulação.

2. Qual hormônio estimula o desenvolvimento folicular?

No ciclo natural, quem realiza essa função é o FSH (hormônio folículo-estimulante). Portanto, o fármaco da 2ª fase imita o FSH.

3. Para que serve a aplicação de HCG?

A gonadotrofina coriônica humana liga-se aos mesmos receptores do LH (hormônio luteinizante). Assim, ela provoca artificialmente o pico de LH que, em condições naturais, deflagra a ovulação 36 h depois.

4. Completando as lacunas

• 1ª lacuna → hormônio análogo ao FSH
• 2ª lacuna → alta taxa de LH

A alternativa que traz esta combinação é a letra D.

Dicas

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No ciclo natural, qual hormônio sobe na fase folicular inicial e recruta folículos?
Para ocorrer a ovulação, ocorre um pico abrupto de qual gonadotrofina?
HCG é molecularmente parecido com esse hormônio que dispara a ovulação.

Erros Comuns

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Confundir o hormônio que recruta folículos (FSH) com o que dispara a ovulação (LH).
Associar HCG diretamente à progesterona por lembrar da gravidez, ignorando que, no protocolo, ele é usado para mimetizar LH.
Achar que estrogênio faz papel de FSH por ele aumentar durante a fase folicular.
Revisão

Hormônios do ciclo menstrual

  • GnRH: liberado pelo hipotálamo, estimula a hipófise a secretar FSH e LH.
  • FSH: promove crescimento e maturação dos folículos ovarianos.
  • LH: seu pico súbito desencadeia a ovulação e a formação do corpo lúteo.
  • Estrogênio: secretado pelos folículos em crescimento; sustenta o endométrio.
  • Progesterona: produzida principalmente pelo corpo lúteo; mantém o endométrio receptivo para nidação.
  • HCG: hormônio embrionário, mas usado clinicamente por mimetizar o LH.

No protocolo de FIV, usa-se um agonista de GnRH para “desligar” o eixo, depois um análogo de FSH para recrutar múltiplos folículos e, por fim, HCG para imitar o pico de LH e programar a coleta de óvulos.

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